Vês ali naquele canto aquele pobre condenado? Vendo assim, até parece apenas um pobre coitado Mas quem conhece, reconhece mesmo quando não demonstre Que esse velho parece o próprio cão Todo mundo sai de perto, certo é aquele que se esconde Quando ele vai para o balcão Ele não falava Sequer uma palavra Mas depois da cachaça Não tinha como calar, o velho a cantar assim Quem vê sempre se pergunta: O que foi que aconteceu? Qual momento em que a cruz desse velho se inverteu? Mas quem conhece, reconhece mesmo quando não demonstre Que esse velho ele é o próprio cão Todo mundo sai de perto, certo aquele que se esconde Quando há garrafa em sua mão Enquanto era dia, sequer o notaria Mas nada o calará Quando o álcool jorrar, o velho cantará assim E quando achavam Que o velho finalmente parou Ele levantava dizendo: A bebida não acabou!