Me dá saudade quando eu tô sem ela Me dá vontade quando eu chego perto dela Eu sinto falta do beijo e do abraço dela Como a porca e o parafuso sentem a falta da ruela A minha vida é tá de olho nela Eu fico doido se alguém trisca um dedo nela Tô pendurado na barra da saia dela Ela é corda e eu caçamba, ela é tampa e eu panela Coisa de quem não consegue Viver sem se dar De quem não consegue não se apaixonar Eu me esforço pra não sofrer Mas não posso deixar de roer Os ossos do ofício de amar Se eu bem soubesse Eu pedia na prece Que o santo fizesse Eu agir com a razão Pois acontece que o corpo padece Se a mente obedece ao coração