Que fim levara a flor bela da fava dita favela Não lhe fizera um samba a Portela, nem o Louvre uma tela Enfim ninguém dera trela à planta rubro-amarela Nem mesmo um acorde do tom, uma valsa, um choro a capela! Girassóis se exibem, roseirais se exalam. Vagabundos se exilam com suas Amélias Traficantes escapam, soldados escoltam. Flagelados nos contam das suas mazelas E a flor? Lá na boca da Vila Prudente não existe favela No centro do Heliópolis não existe favela Ao redor do capão Redondo não existe favela No morro da Rocinha não existe favela A favela sumira que fim ela levara?