Moro numa rua da cidade, Calçada de saudade Oh! Minha ruína sem saída, Trinta e poucos anos de idade Há árvores tombadas de delírios, Sobre os paralelepípedos saltados A luz incandescente, Clareia o vulto de um velho menino Sábio, esse guri em desatino, Aponta o destino da morada Quando avistar placa de pare, Não pare, siga em frente, meu amigo Passará por você uma serpente, Espalhando os desejos mais antigos Em frente ao portão há um cão que guarda, O tempo em uma aquarela de vidro, E o tempo, esse artista, então, se gaba, De compor um choro de improviso