Eu estou cego a ver navios Coleciono desvarios Sem motivos pra voar Não há linha em meu carretel Adivinha quem roubou o céu Você não pode me deixar! Sei que andei meio arredio Sempre à margem, nosso rio Faltou pouco pra secar Nossa história, a nossa babel Na memória, um arranha-céu Você não pode me deixar! Cê foi embora, não tem zabumba Não tem sanfona, no meu forró Não tem suíngue, não tem sustança Sem graça a dança de um homem só