Deixe-me só, na solidão De uma nuvem negra, de um tufão Meus ventos querem soprar em vão E vão derrubar a casa mais bela Meus mares vão inundar favelas Os sentimentos mais puros Que habitam os meus guetos, morrerão Deixe-me só, sem Gabriel e sem satã Insensatez, sem talvez, sem amanhã Só eu e o meu coração Deixe-me só, na solidão De um astro qualquer na escuridão Brilhando sem motivo algum Só pra compor o movimento Mudo e preciso das coisas que são Sos na imensidão dos espaços vazios de sons Deixe-me só, sem Gabriel e sem satã Insensatez, sem talvez, sem amanhã Só eu e o meu coração