Arthur Azevedo, esse brasileiro imortal Ajudou a escrever o grande enredo Da história do teatro nacional E dessa semente generosa Que um belo dia ele plantou Veio vindo uma colheita tão formosa E assim o seu teatro se espraiou Em Guarnieri, Plínio Marcos, Jorge Andrade Suassuna, Dias Gomes, Juracy Mas o Nelson, o Oswaldo e o Calado E Oduvaldo, pai e filho estão aí! Embora hoje seja noite escura Num tempo tão difícil de viver Sei bem que a minha arte é muito pura E uma nova madrugada há de nascer Esse palco é que é minha paixão Minha vida, tudo aquilo que eu sonhei E por ele eu esparramo coração Com toda essa beleza que eu criei O teatro brasileiro sou bem eu Eu sou um, sou mais de dois, sou mais de três E pra mim Cacilda Becker nem morreu Eu agradeço o aplauso de vocês Adeus, eu já vou indo Adeus, eu já vou indo Adeus, eu já vou indo E o meu verso é sempre lindo Adeus!