Nos raios de luz de um beijo puro Me estremeço e eis-me a navegar Por cerúleas regiões Onde ao avaro e ao impuro não é dado entrar Tresloucado cavaleiro andante A vasculhar espaços de extintos ceus Num confronto derradeiro Vence prometeu, anjo do mal O mais cruel Acusador de meus irmãos Nestes mundos dissipados Magas entidades dotam o corpo meu De poderes encantados Mágicos sentidos Na razão dos ceus Pois fundir o espaço e o tempo Vencer as tentações rasteiras Do instinto animal Só é dado a quem vê no amor O único portal Através de infindas sendas Vias estelares um cordel de luz Trago atado ao umbigo ainda Pois não transmudei-me ao reino dos cristais Apois Deus acorrentou os sábios Na prisão escura das tres dimensões E escravizados desde então A serviço dos maus Vivem a mentir Vivem a enganar A iludir os corações Visitante das estrelas Hóspede celeste visões ancestrais Me torturam pois ao tê-las Quebra o encanto e torno ao mundo de meus pais À minha origem planetária Enfrentar a mansão da morte do pranto e da dor Donzela fecha esta janela E não me tentes mais