Você me arranca os conselhos Você sufoca demais Reclama tantos desejos Sai e não olha pra trás Me cospe versos magoados Solta refrões pelos ares Me deixa torpe e cansado A me perder pelos bares Você quase desatina Porque eu não sou óbvio ou trivial Te dou toda a serpentina Mas você quer meu carnaval Você não tem as passagens Pra poder entrar no meu ser Porque sou feito esfinge Pra você decifrar Se enigmas são bobagens Você precisa aprender Caso isso não aconteça Eu posso te devorar