Seria redundante insinuar que faço poesia, se eu mesmo a sou Se no andar que vou, ela me acompanha E se ela assim posso chamar Pois é contraditório chamá-la na terceira pessoa Se a poesia em mim ressoa E na verdade, ela sou eu e eu sou ela Onde nossa conexão já é tão profunda Que assim nossa identidade vem a se confundir Se perguntar, o que é a poesia? Responderei que não é o que, mas quem E feliz de quem a tem e de quem a é Pois ela é alegria, sonoridade, encanto e beleza Onde nós dois temos nossos versos Nossa sonoridade das rimas O encanto dos trechos Mas falar nós ainda é contraditório Porque na verdade somos um Pois se perguntarem, quem sou eu? Responderei-lhe que eu sou alegria Sou sorriso, sou simpatia Sou escritor, sou poeta Mas, principalmente, Eu sou Poesia!