Outrora vagava, sem rumo ou razão A busca vazia, em cada estação Agora, a casa me chama, em doce prisão E a alma se esquiva, de toda invasão As coisas mudam, em forte correnteza A vida, obra de arte, em constante beleza Remodelada, em cada nova certeza A solidão, minha nova fortaleza Mudanças vêm E eu também A própria companhia, um doce aconchego Em mim, encontro paz, sem medo ou segredo Ego ou Id, a dúvida em devaneio Mas a verdade, em mim, se faz roteiro Mudanças vêm E eu também