No salão das vozes vazias Brilham taças sem coração Cada riso é um espelho quebrado Que reflete apenas a ilusão Uns falam do ouro e da altura Como se o céu fosse medido em bens Mas o vento ri das alturas Pois leva o pó dos grandes também Quem confunde valor com aparência Nunca ouviu o som do silêncio Há riquezas que morrem na mesa E há corações puros que dormem em paz com o tempo Quando a alma despir a vaidade E o corpo não for mais abrigo O que restar será verdade Quem foi amor jamais foi vazio Porque no fim, toda moeda cala Todo trono se curva ao chão Só o bem que plantamos na alma Floresce além da razão