Há quem veja o brilho do outro E confunda com ofensa Não suportam a luz alheia Porque ela revela a própria ausência Julgam o que não compreendem Comentam o que nunca sentiram É mais fácil negar o espelho Do que aceitar o que nele respira E quem caminha com honra Não precisa provar pureza A dignidade é o escudo dos justos E o amor, sua fortaleza O tempo, guardião sereno Retorna a cada um o que semeou Tudo o que parte do desequilíbrio Encontra um dia seu ponto de paz Cada sonho, por mais discreto Carrega o mesmo direito de florescer Deus não mede altura nem aparência Mas a verdade que habita o ser E sigo Entre vozes que se perdem no vento E luzes que insistem em permanecer Porque quem conhece a si mesmo Não precisa que o mundo o veja Basta ser