Eu olho para o céu noturno, pra constelação E uma saudade antiga me aperta o coração Eu sei que a minha casa não pertence a este lugar Vim de um mundo mais sublime, de um mais puro olhar Mas um véu de esquecimento me impede de lembrar O orgulho e a rebeldia que me fizeram embarcar Nesta terra de expiações, pra minha alma se curar Eu sou um exilado das estrelas, a cumprir uma lição Trazendo o que aprendi em outra dimensão Mas carregando a dívida de um tempo que passou Pra desenvolver a humildade e o amor A dor que eu sinto agora não é para me punir É a bênção disfarçada que me ensina a evoluir Minhas mãos ergueram templos e pirâmides no chão Ensinei a matemática e a agricultura, em canção Um avanço para a Terra, um impulso pro saber Enquanto a minha alma aprendia a não mais se engrandecer Num corpo denso e frágil, tão distante do meu lar Reparando os meus débitos para um dia regressar As provas e os desafios são o cinzel do Criador Que lapida a minha essência e me afasta da dor Eu troco o fardo do passado por um trampolim, enfim E a saudade das estrelas se transforma dentro em mim