[Eu vi brotar nos olhos de um velho lavrador Lágrimas profundas que demonstravam tanta dor E perguntei, "amigo velho, porque choras?" Baixou o olhar, me respondeu na mesma hora] Fui um covarde, veja o que eu tava fazendo Olhos fechados e o meu rio ia morrendo Cortei o mato, drenei a fonte, fiz plantação Trabalhei muito, meu suor molhava o chão E só agora eu vim saber que tava errado Meu rio tá morto, e o pior: por minhas mãos (Porque a ganância, o veneno, a ignorância Matei o rio que me banhou na minha infância E só me resta ajudar reconstruir Salvar o rio que ajudei a destruir) Já fui julgado, e condenado, estou consciente Mas é possível, vamos agir bem diferente Amigo, não me deixe só agora Me ajude recomeçar, chegou a hora (Porque a ganância, o veneno, a ignorância Matei o rio que me banhou na minha infância E só me resta ajudar reconstruir Salvar o rio que ajudei a destruir)