Me alojo, me aconchego, no conforto me aqueço No apreço, logo cedo eu me esqueço, por completo Vez ou outra, tenho medo, me atento, pra mais perto Me protejo, me aperto, faço disso um amuleto, ei Me caibo aqui nesse cantinho, particular e sereno Fecho os olhos, embarco numa viagem, me sinto ameno Ao menos que seja fugaz, grão de areia de uma ampulheta Pupilas que dançam, feito barco num mar de incertezas Teu abraço é um ninho, algo único, um encaixe perfeito Anatômico, terapêutico, curandeiro, tem função quântica Várias reações, sem explicações, são suposições, interpretações São variações, é meu ser sobre sua proteção Me alojo, me aconchego, no conforto me aqueço No apreço, logo cedo eu me esqueço, por completo Vez ou outra, tenho medo, me atento, pra mais perto Me protejo, me aperto, faço disso um amuleto, ei Teu abraço é onde eu quero sempre estar, eu quero estar Quero a sensação de pertencer Pode ser que amanhã seja bem tarde Pode ser que amanhã não dê Pode ser que amanhã seja bem tarde Pode ser que amanhã Revisito mil lugares, organizo os pensamentos Faço disso meus momentos, isso tudo é tão intenso Tipo cartas, não entregue, ligações, não completadas O emaranhado de situações não resolvidas Temos sempre em aberto, débito de uma saudade Fim de outono, se aproxima, um severo, inverso, fase Onde o cinza predomina, rouba brisa, outro clima Bom lugar pra ler um livro, vi isso em algum lugar Teu abraço é onde eu quero sempre estar, eu quero estar Quero a sensação de pertencer Pode ser que amanhã seja bem tarde Pode ser que amanhã não dê Pode ser que amanhã seja bem tarde Pode ser que amanhã