Levo a vida tão leve (levo) Mas se me irrita, levo a vida a ferro e fogo Eu não levo desaforo (não) De gente que nunca sequer subiu o morro Farejo mal igual cachorro (ya) Mas ando igual gato escaldado sem couro (xi) Ligeiro com o mau agouro E as ventanias que derrubam os calouros Faceiro no passo, não faço feio no verso (não) A meta eu meço na ponta do lápis a conta Quem, o dedo aponta, apronta não sai ileso, traquejo É andar sem queijo pra rato de rua Pé de chinelo velho não chama atenção nem de saci Seu guarda Belo, lero-lero, blá-blá-blá Aí que ele se perde no fio dessa meada Moeda de troca é, moeda de sorte fé Que nunca nos falte né, na volta uns cafuné Amparo e uns trocado, nóis sabe como é que é Tô aqui na minha, não foi sempre assim, confesso Pega a visão Se tá tudo pela ordem, então irmão é só progresso Depois que inventaram o tal cruzeiro Eu trago um embrulhinho na mão E deixo um saco de dinheiro Ai, ai, meu Deus Segue no trilho o trem, sem perder o brilho vem Destino vai muito além à frente da razão De fato me fiz homem na dificuldade O tempo é divindade das dores faço canções Das flores faço menções, amores e frustrações Roteiros para romances, enredos, indagações Velhas questões não resolvidas, te azucrina Endurece o coração, te cura, sabatina Na terapia de balcão, tem um verso inacabado Dose em copo americano, garrancho no guardanapo Sentimento abafado, déjà vu, Djavan Amor cego tipo morcego, pela manhã A vida é doce longe do açoite Filhote da boêmia que mia durante a noite O tempo é circular e o coração não tem freio Atento mantenho pelos caminhos mais luminosos Na rua, na luz da Lua, no ritmo da cidade No vale da vaidade, luxúria, outros pecados Pesadão, ninguém vai me derrubar Pega a visão Planeta terra, planeta guerra Dinheiro vem, dinheiro vai Dinheiro entra, dinheiro sai Dinheiro vem, dinheiro vai Dinheiro entra, dinheiro sai Este homem será mais um defensor para nossa causa Este homem é um apaixonado pela nossa cidade