Ao som de um bandoneon O fogo de chão, por fim, silencia Lá fora, ninguém, o céu embaçado Histórias se fazem no peito de alguém Pensando se vive, ouvindo se aprende E a noite revive o que vai e não vem Ao som de um bandoneon Histórias se contam, sentimentos despontam E são de ninguém, e são de ninguém Mistura bandoneon com fogo de chão Agasalha no peito seu riso cortado E basta o galpão e um amigo do lado Que a dor era sua, não passa a ninguém Mistura bandoneon com fogo de chão Agasalha no peito seu riso cortado E basta o galpão e um amigo do lado Que a dor que era sua, não passa a ninguém E o fogo clado no tição queimado Se sente embalado na chama que tem E vai definhando sob os olhos atentos Que procuram nos ventos a canção que convém E nos mostra abraçado que a cinza é legado Essência de terra que o homem não tem Não fica parado o homem cansado Sofrido, calado, quando a dor lhe entretém Quando a dor lhe entretém Mistura bandoneon com fogo de chão Agasalha no peito seu riso cortado E basta o galpão e um amigo do lado Que a dor que era sua, não passa a ninguém Mistura bandoneon com fogo de chão Agasalha no peito seu riso cortado E basta o galpão e um amigo do lado Que a dor que era sua, não passa a ninguém, ninguém