Ó que dia quente este Dia de te dar orquídea Dia bom de convencer-te A ir de bonde a Bahia Dia de tomar sorvete E sorver-te a boca fria De tocar ao clarinete A canção do Melodia Ó que dia quente este Dia de te dar orquídea Dia de escrever bilhete Com migalhas de poesia Dia de soltar foguetes E folgar ao meio-dia De ouvir o Verequete Como antes eu ouvia Dia inevitável dia Adiar isso pra quê A um quê de poesia No que temos a fazer Adiar vida vadia Dia vá não há porquê Vadiar não se adia Todo dia é dia D Ó que dia quente este Dia de te dar orquídea Dia de dar um banquete No balcão da padaria Dia de arejar a mente Cinema e livraria De cravar língua e dentes Na tua pele macia Ó que dia quente este Dia de te dar orquídea Dia de sonhar com a gente No motel de rodovia Dia de não ser descrente E viver de fantasia De pedir que me alimentes Toda noite e todo dia Dia inevitável dia Adiar isso pra quê A um quê de poesia No que temos a fazer Adiar vida vadia Dia vá não há porquê Vadiar não se adia Todo dia é dia D