É o que dita nossas vidas Você acha que isso é alegria? SOS hormônios e euforia Todo dia, todo dia O enfado exila e rumina A mesma velha apatia O que será de mim esse dia? Todo dia, todo dia Buscando um pouco de harmonia Dias vem e dias vão E é sempre o mesmo seco sermão Amplificando a solidão Ao peito alterca desunião Da mente e corpo um arranhão Á ponta dos pés, sofreguidão E de mim o que seria? Todo dia, todo dia! A mesma tristeza que irradia Lufando de meus pulmões, desvencilha A mesma, mesma agonia A mesma falta de empatia! A fome eterna que rutila Brilha sem medo, pois é sombria Alterca-me uma saída Talvez a outro plano de vida E a ambição, a ambição! Espremo com aptidão Pois é eloquente o pesar Do constante mal-estar Viver é como sempre negar Os tons secos de fel e ardor!