Na cidade de espelhos quebrados Os rostos sorriem com dentes de ouro Cada passo ecoa no vazio De corações fechados em couro Os muros se erguem invisíveis Mas todos sabem onde estão Erguidos com o suor dos fracos Adorados pela ambição Mas e se o tempo não for inimigo Se o amanhã for semente na mão? Rompe o ciclo, queima o antigo Planta justiça no chão Que o homem não seja espelho do lucro Mas chama que aquece a razão Caminho de pedra e luz É a revolução Trilhos de ferro cortam a terra Levam o pão sem dividir O Sol nasce igual pra todos Mas há quem não possa sentir Vendemos a alma em parcelas Compramos silêncio e ilusão E o ego ergue castelos de areia Em meio à devastação Mas e se o tempo não for inimigo Se o amanhã for semente na mão? Rompe o ciclo, queima o antigo Planta justiça no chão Que o homem não seja espelho do lucro Mas chama que aquece a razão Caminho de pedra e luz É a revolução Não há paz onde reina o acúmulo Nem amor em contratos vazios A história exige coragem Pra romper os desvarios Então canta, irmão, tua esperança Com punhos de barro e flor Pois quando o povo desperta Não há grilhões que resistam ao amor