Nasci num trilho sem freio Marcado antes de sonhar Dizem: Corre, produz, se encaixa! E aprenda a não questionar A alma vira mercadoria No shopping da hipocrisia Somos engrenagens gastas Na máquina de moer Se não der lucro, descarta Se sangrar, é só esconder Más meu grito atravessa o aço Sou faísca fora do laço! Trabalha até calar a arte Canta só pra entreter Se incomoda, te silenciam Ou tentam te fazer vender Somos engrenagens gastas Na máquina de moer Quem não serve ao molde, falha Más eu vim pra estremecer Sou batida que não se curva Sou trovão na ferrugem turva!