Eu sou o estranho, a corrente contrária No fluxo do comum, uma voz solitária Nas asas do ar, eu voo sem destino Pensando em futuros que ainda são meninos Nas festas da mente, um fervilhar de ideias Onde o convencional desfaz-se em areias Sou o rebelde que clama por mudança Neste mundo estático, em busca da bonança Eu sou aquariano, um cosmos à parte Com constelações que só eu reparto Em minha órbita singular, me reconheço Na dança do universo, sigo meu endereço No diário viver, confronto o incompreendido Um livro aberto, mas lido tão perdido Entre olhares confusos, eu sou o enigma No pulsar errático, a minha rima Pontes que cruzo, pontes que queimo O peso das águas, o voo que empreimo Um ser em constante metamorfose Em cada aurora, uma nova dose Eu sou aquariano, feito de estrelas e mar Um estrangeiro num mundo a aprimorar Na estrada do tempo, sou eterno aprendiz No presente, sou a mudança que eu sempre quis