Mais uma vez, adeus Como se já não estivesse acostumado Despedidas e mais despedidas Um lembrete cruel da efemeridade da vida Tenho que me acostumar Eu tenho que me acostumar Eu vou me acostumar Será que sempre assim será? O que virá agora? Quem estará lá? Por que tantas mudanças? Fui daqui pra lá, de cá pra já De lá pra cá, um turbilhão incessante E de novo e de novo e de novo O que era ruim tornou-se familiar Ironia cruel do destino O que era sofrimento agora é rotina Como se já não estivesse acostumado Mudar energiza, desafia Mas também traz a solidão como companheira Em cada despedida, um pedaço de mim fica Um vazio que se preenche com a nova jornada O frio da mudança, a solidão que ela traz São companheiras indesejadas nesse caminhar Mas é da solidão que nasce a força Da frieza, a determinação de seguir em frente Ciclos de despedidas e recomeços Moldando a alma em uma eterna transformação Mais uma vez, adeus A mudança é a única certeza