Ando por léguas de estrada no lombo do baio Uma saudade estradeira me faz o fiador O horizonte nos olhos, o chapéu tapeado As ânsias seguindo soltas pelo corredor As alegrias e mágoas fazendo o costado O sentimento na volta querendo aflorar Procuro o jeito da prosa pra usar as palavras E sei guardar o silêncio se assim precisar Vou no compasso marcado, meu pingo trocando orelha Os sonhos vão a lo largo, gastando os rumos na poeira Eu ando bem de a cavalo, e levo a vida serena Proseando com a alma, cantando o querência Nos versos que faço Ando encurtando distâncias nas voltas do pago Tenho um destino traçado e sei a direção Quem é de estrada, senhores, entende o que falo Pois sabe guardar os rumos do seu coração!