Sestrosa, dengosa, derriçosa Odorosa flor! Maldosa, formosa, sertaneja Meu lindo amor! Anjinho! Benzinho! Meu carinho! Meu beija-flor! Condena, sem pena, que minh'alma Te adora o rigor! Quando tu passas na orla do monte Caminho da fonte, da tarde ao morrer! Meu pranto, rola por sobre a viola Que a noite consola no seu gemer! Provocante, radiante Fascinante, ondulante Num teu fado ritmado, tu nos Fazes até chorar! Logo a gente, a gente sente Uns desejos dos teus beijos! Que nos fazem até delirar! Ingrata, ingrata, volve a Mim um teu doce olhar! Teu riso me mata! Me maltrata, me faz banzar Desata, desata esse Olhar do meu coração Ingrata... Ingrata! Suspirosa irerê do sertão! Também se passas, formosa e tirana Por minha choupana da tarde ao cair Vou te seguindo na estrada arenosa Qual rola saudosa, a carpir, carpir! Na dança deslizas e assim Pisas mil corações! Teu peito é o leito, doce Leito das tentações! Teus olhos Teus olhos Vaga-lumes de ingratidões! Teus olhos Teus olhos São queixumes das nossas paixões!