O nosso Deus, unido na Trindade Do pó nos fez com tanta perfeição No coração nos pôs a liberdade E colocou poder em nossas mãos Ainda assim, nos deu tanta beleza E nos legou morada em lindo jardim A Árvore da Vida ali nos dava certeza Que aquela vida não teria fim Mas a desobediência Nos trouxe tanta pobreza E nos legou uma vida tão ruim Na viração dos dias melodiosos Ouviam-se os toques dos clarins Na harmonia, acordes poderosos De arcanjos, querubins e serafins Anunciando que o Grande Deus Ia chegar Já Seu resplendor enchia todo O jardim E sons maviosos de um pai Soava assim Adão, Adão, eu quero lhe falar Mas o seu pecado Era tão grande e tão ruim Que não podia a Deus Se apresentar E, hoje, nesta vida desarraigadas Do paraíso marcham as multidões Sem Deus e por Satã dilaceradas São trapos em desordens de Adão Bem-aventurados os que deixam A vida vã E nos seus caminhos, aos pés de Deus Vem se humilhar Seus pecados são tão branqueados Quanto a lã E, como prêmio, com Deus vai morar E a alegria primitiva do jardim Volta a sua vida abrilhantar E a alegria primitiva do jardim Volta a sua vida abrilhantar