Vou dirigir a palavra, mas não vou atropelar Porque a palavra é violenta, é bifa, soco, chute No pé! Do seu ouvido Vou tentar ser mais suave, momento de brisa no mar Porque a palavra é vento, é movimento da língua a ressoar (ressoar, ressoar, ressoar) A palavra é navalha, é meio e combustível! Verbo é ferro e fogo no som e no sentido! A palavra é uma flecha rumo ao argumento! É faísca e incendeia o chão do pensamento! A sí-la-ba é isca Se semeio silêncio no ar Fica a palavra mesmo quando não está A palavra é veneno se é loucura ou mentira Mas é seu próprio antídoto se cura ou alivia Palavra cheia de tédio Do chato que não tem remédio Palavra prolixa! (pra encher linguiça!) Palavra prolixa! (pra encher linguiça!) Palavra prolixa! (pra encher linguiça!) Palavra prolixa! (pra encher linguiça) A palavra é navalha, é meio e combustível! Verbo é ferro e fogo no som e no sentido! A palavra é uma flecha rumo ao argumento! É faísca e incendeia o chão do pensamento! (Why don't you use your words) (And try to build a better world?) (A better world!) (Why don't you use your words and try to build a better world?) (Why don't you use your words) (And try to build) (A better world?)