Sabe aqueles dias que parecem comuns? Quando o mundo gira e você nem percebe Tem coisa que o tempo não leva Que a gente guarda, mas finge esquecer É sopro que volta sem avisar E faz tudo, de novo, recomeçar Não é saudade, não é lembrança qualquer É só aquilo que ficou sem pedir pra ficar Não tem nome, nem tem porquê Só existe, e me faz reconhecer E eu sigo levando O que nunca quis me deixar Aquilo que não some Que o tempo não é capaz De apagar, de levar, de mudar É parte de mim De apagar, de levar, de mudar É parte de mim E sempre vai, estar aqui Tem coisas que não se explicam Só se sentem, só se guardam Feito tatuagem na memória Que não se apaga, não vira história Que não se apaga, não vira história Não precisa entender Nem tentar explicar Tem coisa que só existe Pra viver no que a gente não sabe e nem quer explicar Passam os dias, passam os planos Mas tem algo que sempre me chama Nem é dor, nem é ausência É só presença, em forma de essência Talvez a vida seja isso Um monte de encontros que ficam sem despedida Alguns passam, outros se fazem raiz E mesmo no silêncio, continuam aqui E eu sigo levando O que nunca quis me deixar Aquilo que não some Que o tempo não é capaz De apagar, de levar, de mudar É parte de mim E sempre vai, estar aqui Não precisa entender Nem tentar explicar Tem coisa que só existe Pra viver no que a gente não sabe e nem quer explicar É parte de mim E sempre vai, estar aqui