Gente que nasce na roça Que mexe e se coça não cai pelo chão Vive na luz de candeia do pão que semeia Do arroz e feijão Banha nas águas do rio Reza com fé no altar Casos de onça pintada de faca amolada De arrepiar E ouve essa gente falar Meu povo amadureceu Quem faz da terra o seu lar Ainda tem que lutar pelo chão que é seu Feras humildes do mato Valentes no trato raizes no chão Trazem no peito a bandeira De honrar palavra e aos calos nas mãos Pele queimada de Sol Cheiro de bichos no ar Gente de fé desgraçada de alma lavada Que dá pra chorar*