Sobô nirê, sobô nirê mafá Sobô nirê mafá sobô nirê A chama no olhar, a Viradouro acendeu E quando se alastrar, saiba que sou eu! Galopei no vento Arriei quando ouvi o alujá E a fumaça anuviou Sou João Batista juremeiro A noite e o luar Mensageiro protetor Fogo que arde o engenho Mal assombro do canavial Arrepio do quilombo, assovio de mocambo Margeando a paz do manguezal Chave da senzala, arte do engano Aos olhos tiranos, um pesadelo sem fim Anti-herói pernambucano, a espada do motim Alma de caboclo, reis do catucá Coroa de palha, pena de quem enfrentá Folha macerada, trama de cipó Renascido da jurema Porque a força da jurema É a raiz do catimbó Venci, virei ciência nesse chão No meu cachimbo a purificação Resisto nos rituais Eu fecho o corpo e abro portais Sete pontas da estrela me encantam Sete flechas e calungas se encontram Nas rodas de coco, pelos cortejos pra mim Firmam ponto cantando assim Malunguinho, Malunguinho Coroado no tambor Guardião, exu trunqueiro Esse aqui é meu terreiro Viradouro de xangô