No lombo manso do rio Encilho minha canoa Que num galope macio Me mostra que a vida é boa Neste flete flutuante Garimpando meu sustento Peixes dorso de diamante Precioso alimento Eu agradeço ao rio Por cada piava pescada Pra encher o prato vazio Dos piás e da minha amada / Podem dizer que sou louco Não dou bola, não me achico Sei que tenho muito pouco No entanto sou tão rico / No palco da natureza Todo show é entrada franca Vagalumes que leveza Vão bailando nas barrancas Borboletas coloridas Pousam bandos já bem cedo Como flores dando vida À cor cinza do rochedo E a festiva cantoria Do irrequieto passaredo Derramando alegria Lá do alto do arvoredo Refrão Nos remansos espelhados Tenho tudo que preciso Sol e Lua derramados Trazem cor ao paraíso Tal beleza me arrebata E esse é todo o meu tesouro Pois à noite tenho prata E à tardinha tenho ouro E de lambuja ainda Pra ficar bem mais bonito As moedas de estrelas Na guaiaca do infinito. Refrão