E eu sei, sei que tu tava com saudade Não de mim, mas sim daquilo que eu friso Sempre que miro em, no mínimo, deixar numa faixa um disco E deixar num disco um livro Cada verso uma depressão e um pico É que a arte imita parte da vida E a parte da vida que imita a arte É explorada toda na minha rotina É fato, prima Um autorretrato retido em quatro linhas com oito rimas E um beat estranho em cima Ame minha sina ou busque a luz E cuide da porra da tua vida Essa cruz pesa mais que pedras Para Jesus, peça outro gole d'água Esqueça os olhos que te cegam E apenas faça valer a pena Valer as preces Valer os calos Valer os choros Valer os litros de sangue que jorrou Valer os bicos, os trampos, os trapos Os mundanos tratos que te trouxeram até o topo Ou até outro buraco Mas não fique parado Não fique parado Vão te derrubar Vão te derrubar Não fique parado Mas não fique parado, mah Vão te derrubar Vão te derrubar, ah Não fique parado Não fique parado Vão te derrubar Vão te derrubar Em meio ao caos apareci Em meio à luz esvaneci Unânime, melhor MC que o sol não atinge Under, underground Outro round de um confronto que tô nem aí Já tô ali Já consegui esquecer disso Tudo muito repetitivo E no fim disso eu percebi Que ninguém quer que o fim disso chegue aqui Eu entendi Ninguém quer outro final Pois a história é a mesma Grana e bih' Cola em mim que eu te levo pra outro planeta Eu uso grif' e faço riff's Pra poder comer buceta Eu amo din, eu amo din Clica no link da bio Pivete, é frio Num mundo onde o bom é ser vazio Pra ninguém poder te discriminar Ficamos todos iguais, no pior sentido Perceber isso me deixa sentido Olho pra trás e vejo que pensar assim Foi o que me manteve vivo Foi o que me manteve nos trilhos Entre a cruz e a espada Entre o início e a linha de chegada O mais difícil pra mim foi me levantar Preso dentro de mim mesmo Me senti como Kurama, selado a sete chaves Sou bola oito que dita o fim do jogo Eu, de novo, que te aflige, piranha Nado contra a correnteza Fugindo de águas profanas