A mina é cocoriô! Feitiçaria parauara A mesma lua da Turquia Na travessia foi encantada Maresia me guia sem medo Pro banho de cheiro Na 'en-cruz-ilhada', espuma do mar Fez a flor do mururé desabrochar Pororoca me leva... Pro fundo do igarapé Se desvia da flecha, Não se escancha em puraqué Quem é de barro no igapó é Caruana Boto assovia (oi) mãe d'agua dança! Se a Boiúna se agita... É banzeiro! Banzeiro! Quatro contas, um cocar! Salve a arara cantadeira! Borboleta à espreita E a onça do grão Pará Na curimba de babaçuê Tem falange de ajuremados A macaia codoense é macumba de outro lado Venham ver as três princesas 'Baiando' no curimbó É doutrina de santo Rodando no meu carimbó E foi assim... Suas 'espadas' têm as ervas da jurema Novos destinos no mesmo poema E nos terreiros, perfume de patchouli Acende a brasa do defumador Pro mestre batucar a sua fé Noite de festa curiô marajoara Protege Caxias nas águas de Nazaré! É força de caboclo, vodum e orixá! Meu povo faz a curva como faz na gira! Chama Jarina, Herondina e Mariana Grande Rio firma o samba no tambor de mina