Um quero-quero anuncia o fim da tarde Brotam cantigas, num galpão rico e singelo Qual os candeeiros tremulando num pavio E sustentando um viver que é tão belo Me encontro a esmo, repontando nostalgia Junto à humildade do meu rancho sem luar Onde um mate, parcereia meu silêncio E a guitarra me convida pra cantar É nessas noites que as cantigas vêm singelas Trazendo lembranças, da serrana flor morena E as estrelas, me veem quietas sem alento Trançando tentos, pra uma vida mais serena Meu rancho abrigo se torna doce de afeto Que por mim mesmo se cria diante das cores Do terno o jardim, que preludia meu catre Onde, a esmo, semeei tantos amores Sobram cantigas ressoando na varanda Entre as estrelas que descrevem partituras E com meus tentos - recordando - tranço a vida Que é, só, tão minha no largo dessas lonjuras É nessas noites que as cantigas vêm singelas Trazendo lembranças da serrana flor morena E as estrelas me veem quietas sem alento Trançando tentos pra uma vida mais serena