Tenho nos olhos um semblante faceiro Tão prisioneiro a outro moreno olhar Que me encantou ao desprender-se de sua dona Buscando um catre para se aconchegar É no bailar de dois olhares tão singelos Que nascem elos tão duros de se quebrar Pois um amor que tem a vida num luzeiro Só se termina quando ele se apagar Vai sereno meu olhar, És tão belo a bailar Segue bailando prisioneiro a esta linda Toda razão do teu constante brilhar Pois dói na alma sentir a tua tristeza Tendo no rosto uma lágrima a rolar Na inverna em que busquei o teu olhar Por muitas vezes pastoreei sonhos acordado Sem um caminho madrinheiro pra seguir Cevando mates me parei acomodado Foi quando o amargo pareceu ficar tão doce Minhas retinas se alongaram tão serena Mirando aquela linda primavera A florescer do teu olhar minha morena E sereno teu olhar Veio ao meu encontrar Bailando doce e nas meninas um sorriso Que pareciam tua alma me entregar Por isso linda este semblante faceiro Figurado no brilho de meu olhar