[Dum Dum] Eu vou fazer uma marcha fúnebre pro passado Hoje é 2 de Novembro, feliz dia dos finados Binho, 100 dólares, o acerto A Rota quer dinheiro, não tem? É enterro! Lá no bar, a 5 era a bola Entra a ímpar e a par, Mini-mini três nas costas Colou um justiceiro de madrugada Massame e seu irmão sangrando na calçada Um até respirava, vi que agonizava Pedi socorro pro otário que passava Só que o boy do Uno não parou pra socorrer Se pá já tá morto, o que que eu posso fazer? Comprou passagem pra Bahia, tava pedido Amanheceu desfigurado, era uma vez Rockinho Dois tiros, Tony, saudade de você Caiu da RD, maldito DSV [Eduardo] No Maverick branco, acelera Nino E leva pro hospital, morto Edinho Me dá uma notícia lá da detenção O Beiçola tava lá e agora é só na oração Eu me lembro do choro, do desespero da tiazinha Um tiro na perna, mané toca-fitas Por essas merda, eu já vi tanto fulano morto Lembro do Lula na sua goma, com um tiro no olho Sirene, pé na porta, não teve socorro Pezão no chão, subiu até o cachorro São flores pro Pascoal, Chiquinho, Dólar Homenagem póstuma, uma oração em memória Vou acender uma vela e orar em silêncio Por um futuro menos sangrento Pra eu não ser outro cadáver sem reconhecimento Feliz dia 2 de Novembro (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados [Eduardo] Por um Tiger velho, tênis da moda Quatro tiros no Flavinho, cadeira de rodas O tempo passa e morreu sozinho Só que a justiça, Deus fez com seu assassino Contraiu HIV Mosquitinho Sofreu até morrer, igual o Flavinho Encosta na parede, é polícia, não se move! Engoliu várias G, Petróleo foi de overdose É dinheiro de playboy, a lei de Lúcifer Um tiro na testa, adeus André É Glicério, vem logo, Resgate No chão tem um corpo e é o do Rodark [Dum Dum] Rua São Paulo, curioso, vela no chão Explodiram a cabeça do Camburão Requinte de crueldade, todo desfigurado O defunto do rio é mesmo o Zóio De Gato Desarmado com suas filhas, posto de gasolina Nicolau, gol de placa pro demônio de cinza Graças a Deus, não tem grampo no meu pulso Por mim ninguém ficou de luto Sobrevivi a tudo Fugi do assalto, do furto Não fui a mancha de sangue no asfalto E nem a vela acesa no dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados [Dum Dum] Poderia ter ido como Guzula foi um dia Vários tiros, depois atropelaram de Brasília Escuta a sirene do carro funerário Vem da Baixada, é o corpo do Fábio Aí Peterson, a casa caiu, na correria O chinês ganhou, atirou, da padaria Monza, colou a Rota, vamo trocar Guti e Takau, não deu tempo de pensar Na foto da revista, tipo atração Adelson, dois tiros, PA-9, detenção O alarme tá tocando, é ligação direta Meu carro não, ladrão! Arthur já era Na cadeia é sem remédio, sem tratamento O Estado aplaude o sangue de qualquer detento [Eduardo] Foi assim com o Bolão, Apagado, Popó Estado terminal, o sistema não tem dó Numa favela, apareceu morto Natanael, sem pistas, só outro corpo No Heliópolis um morto, hã, Arapinha Nem sei qual foi a fita, se pá foi farinha '99, a mesma história, nada muda Tem olho fora do rosto no meio da rua Mano Éder, um. 40 à queima-roupa Perto das crianças, que porra! Eu vou pedir um bom lugar pra quem partiu Agradecer que a polícia não conseguiu Não fui a mancha de sangue no asfalto E nem o tumulo com flores, no dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Vou citar alguns nomes pra vocês acreditarem) É dia dos finados (Sendo assim... Paz nunca mais!)