Meu chão Minha brasa a queimar Minha fala a denunciar Que eu sou de longe do mar Minha canção Som lá da Mata que eu ouvi cantar Vem da estrada de chão Pra beira do rio Para me encontrar É um eco do passado Nos ouvidos de hoje em dia Sussurrando: Resistência Contra toda covardia Esse é um manifesto para quem quiser cantar Ressignificando versos de outrora Mas o sentimento que prevalecia Continua a arder aqui Liberdade ainda que tardia Do vermelho pó da terra Até o cinza do concreto O lar dos mansos de fala Mas aguerridos no peito Começando nas beiradas Come quieto a lembrança Caso de café passado Correr de nada adianta Sejamos o sal da nossa terra Que foi negligenciada Há muito entregue aos senhores Que comandam a toada Esse é um manifesto para quem quiser cantar Ressignificando versos de outrora Mas o sentimento que prevalecia Continua a arder aqui Liberdade ainda que tardia Irredutível bravura Arreda toda amargura Tácita caricatura Trem que traz qualquer figura Esse é um manifesto para quem quiser cantar Ressignificando versos de outrora Mas o sentimento que prevalecia Continua a arder aqui Liberdade ainda que tardia