Sou caipira nato Nasci lá no mato Não tive formação Criado na encosta da serra Cultivar a terra é minha profissão Na minha infância eu sinto saudade Da felicidade, eu e meus irmãos E quase sempre no final do dia Deus nos visitava, trazendo alegria Lá pro meu sertão Ê, sertão, saudade sinto de lá Ê, sertão, um dia eu volto lá Me lembro daquela igrejinha Aonde um dia eu fiz a minha decisão O piso era de chão batido Coberta de palha, luz de lampião Mais cada culto ou vigília Era uma maravilha, Deus mandava unção E quando um cantador cantava Deus nos consolava, trazendo alegria Lá pro meu sertão Ê, sertão, saudade me faz chorar Ê, sertão, um dia eu volto lá Eu tive que vim pra cidade Pra ganhar a vida, e garantir o pão Mais a vida na cidade grande Para um caipira e muita confusão E quando a saudade assola O que me consola, é um velho violão Chorando eu canto as canções antigas Que eu cantava ali, naquela igrejinha Lá no meu sertão Ê, sertão, saudade me faz chorar Ê, sertão, um dia eu volto lá Ê, sertão, um dia eu volto lá