A dor do cocho é não ter ração pro gado A dor do gado é não achar capim no pasto A dor do pasto é não ver chuva a tanto tempo A dor do tempo é correr junto da morte A dor da morte é não acabar com os nordestinos A dor dos nordestinos é ter as penas exageradas E a viola por desculpa pra quem lhe pisou no lombo E lhe lascou no cucurute vinte quilos de lajedo Em vez de achatar pra caixa-prego o vagabundo Que se deitou no trono e acordou num pau-de-sebo Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi A dor do jegue, tadin, nasceu sem chifre A dor do chifre é não nascer em certa gente A dor de gente é confiar demais nos outros A dor dos outros é que nem todo mundo é besta A dor da besta é não parir pra ter seu filho A dor pior de um filho é chorar e mãe não ver Tá chegando o fim das épocas, vai pegar fogo no mundo E o pior, que os vagabundos toca música estrangeira Em vez de aproveitar o que é da gente do Nordeste Vou chamar de mentiroso quem dizer que é cabra da peste Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi A dor do sol é que ele não conhece a noite A dor da noite é que não tem mais seresteiro A dor do seresteiro é o medo da polícia A dor da polícia é ter ladrão no mundo inteiro A dor do mundo inteiro é que tá chegando gringo A dor pior de um gringo é outro gringo do outro lado Não sei se tô errado mas arrisco meu palpite De acabar com as bombas "atromba" , encoivarar os rifles Tocar fogo em toda tenda que é de fabricar canhão Morre muito menas gente (claro) se a guerra for de facão Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi Eh, eh, eh boi, eh boiada, eh, eh boi