Quando o chão da eira estremeceu Quando o chão da eira estremeceu A serra foi lugar do amor que desmorreu Foi porque o teu olhar tocou no meu Nos passos que dei, segurei a tua mão Nos passos que dei, segurei a tua mão E o Deus que te levou fez do caminho solidão Agora a tua memória faz tremer o chão O meu pouco era teu Mãos apertadas, desgarradas pelo breu E que me ensombres com as nossas estórias Já só do sonhador Que não é mais Hoje acordou menor As pedras da calçada estão cheias de nós E o tempo que passou já gastou a minha voz Deixaste a memória, flor que engana o olhar Tudo o resto agora é vão, canção do meu desabitar O meu pouco era teu Mãos apertadas, desgarradas pelo breu E que me ensombres com as nossas estórias Que o mundo já esqueceu Já não sou mais, o céu em mim morreu As pedras da calçada estão cheias de nós As pedras da calçada estão cheias de nós