Era o João Pedro, também conhecido como JP Coração gigante, foi ajudar, mas olha o que deu Cortaram seu braço, a dor virou missão Estudou, pesquisou, pra curar essa aflição No meio do caos, uma flor começou a brotar Ele cuidou com carinho, nem sabia o que ia rolar A raiz cresceu, o DNA se entrelaçou E aos poucos, o menino de planta se formou Esquecendo quem era, perdido na mutação Só o diário como âncora, firme na mão Pesquisou multiversos, que visão transcendental Construiu a arma de portais, quebrando o normal É, sou eu, na história, meio confusa e marginal De JP pra Fern, uma mudança radical Entre flores, portais, e o tempo que passou Só com a gaita e o diário, minha essência ficou No vazio infinito, criou o seu próprio chão Um universo pra chamar de lar, sem direção Mas o tempo é cruel, e a memória é traiçoeira Quando terminou, já nem lembrava a vida inteira Virou Fern, renascido, sem lembrar do passado Vivendo tranquilo, com as plantas ao seu lado Só a música restava, a gaita que ele tocava Sem saber que cada nota sua história contava Até que um dia, Tales surge com o diário A Gaita Sagrada, um símbolo lendário As páginas revelam quem ele costumava ser Um humano que virou lenda, difícil de entender É, sou eu, na história, meio confusa e marginal De JP pra Fern, uma mudança radical Entre flores, portais, e o tempo que passou Só com a gaita e o diário, minha essência ficou Agora, camisa branca, short preto, bem tranquilo Controlando as plantas, seguindo o próprio estilo Canta, toca, cria, mesmo sem lembrar do início Mas no fundo da alma, carrega o mesmo feitiço Cada raiz que cresce, cada melodia no ar É um pedaço da história que não dá pra apagar JP ou Fern, não importa o nome que ficou Porque o que vale mesmo é o legado que deixou E assim sigo cantando, sem medo do que virá De multiverso em multiverso, a minha vida vai levar Com a gaita na mão e as plantas a florescer Sou Fern JP, e sigo a renascer