Megalópe-Cidade

Fernanda Abreu

Composición de: Fausto Fawcett/Fernanda Abreu/Fernando Vidal
Toda cidade não dá trégua 
chega mais e realiza 
todo o tipo de conflito que anima o ser humano 

Toda a cidade é camuflagem
a mais perfeita paisagem 
do comércio pros negócios da eterna bandidagem 

Toda cidade é uma selva
e a fauna humana se renova incessante
nessa Arca de Noé mutante 

Toda cidade é um matadouro
meio açougue, não tem jeito
a humanidade ainda tá crua, essa carne não é sua? 

Toda a cidade é um coliseu, 
onde os humanos são jogados uns nos outros 
numa festa de batalha pela vida. 

Toda cidade é uma vampira 
sorrateira insinuante
suga o corpo, a alma, o sangue de quem for seu habitante 


Não tem Santo, Ave-Maria ou Divindade
A megalópole é a maxima entidade
Pede licença e beija a mão de sua majestade
Escancara humanidade
Megalópole-cidade 


Vou subindo no terraço
Vou subindo pelo morro
Vou passando, batucando
Cutucando com suingue
O corpo inteiro da cidade 
que tá nua
No compasso do que rola 
pela alma da cidade 
que é a rua 

A minha vida
A tua vida
Fragmento a deriva
Nessa bomba de ocorrências
que é a vida na cidade
Onde as pessoas são vetores obscenos da urgência
do que a gente nunca sabe muito bem
o que acontece no coração da multidão 


Toda cidade é uma demência
de excesso concentrado.
guia-rex misturado, mapa-mundi acelerado 

Toda a cidade é um labirinto,
esconderijo, encruzilhada
de ninguem com todo mundo, pode tudo, fica nada 

Toda cidade é um monumento
uma esfinge esquartejada
sua alma coletiva nunca vai ser decifrada 

Toda cidade é catedral
pra toda reza industrial
fé na ciencia, Deus é pai, já tá clonado... paciência 

Toda cidade se alimenta
de qualquer interferencia
sua volupia alucinada é parabolica excelência 

Toda cidade é kichnet
celular-tv-satelite
tá tudo muito perto na genetica internet
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