Salmos sessenta e dois, a verdade em canção Que destrói a mentira, a falsa visão Dizem que o Cristo era um líder social Mas a devoção à miséria é um mal fatal Tão repugnante quanto a ganância que cega A alma e a prende ao luxo superficial O ódio é a ponte que junta os iguais Socialista e capitalista, ambos são miseráveis, cegos e banais Não é a riqueza e nem a pobreza o meu altar O sábio não prega a miséria, nem idolatra o luxo Vaidade é o culto, do bolso cheio ou da falta de pão Só em Deus a alma encontra a salvação Não sou inimigo de Deus, busco sempre entender Que no mistério do Senhor está o viver Cento e setenta dólares por uma tevê quatro ca, trinta dólares pra encher o tanque Um dia de trabalho nos Estados Unidos já paga esse valor Olha o Brasil, a conta não fecha, o salário é pura depressão Cinquenta e dois reais, o valor pago ao rapaz Mas quanto vale o nosso pão? A manteiga, o leite e o busão? O custo é pesado demais Mais caro que o café pros filhos, essa é a dor que a realidade traz Não é o rico a razão de o pobre não ter Mas um modelo que falha, que não quer te ver crescer Quem executa a obra do grande é o pequeno, sim E quem põe a comida na mesa de quem trabalha? Zomba de Deus quem levanta um contra o outro Não viu o segredo, não entendeu o fruto Quem é pobre se junta a quem vive igual Quem é rico com ricos, é a força natural Não é a riqueza e nem a pobreza o meu altar O sábio não prega a miséria, nem idolatra o luxo Vaidade é o culto, do bolso cheio ou da falta de pão Só em Deus a alma encontra a salvação Não sou inimigo de Deus, busco sempre entender Que no mistério do Senhor está o viver Em Deus a rocha, o refúgio e a paz Todo o meu louvor e a força que me satisfaz A solução não é a luta de classes, mas a fé No poder que transforma o que é, o que será e o que se crê