Quero de novo cantar! Lembrar o amigo, que já se foi Beber mais uma Para celebrar Lembrar as histórias Chorar, cantar em sua memória A tristeza tem o seu lugar na mesa Pois com ela, veio a inspiração O maior sucesso do poeta Foi compor a mais linda poesia Após mais um episódio de desilusão O amor era a tinta da caneta E niltinho sabia o amor cantar Era folião em botafogo Onde engolindo o choro Escreveu sua paixão A tristeza foi embora E então Quem voltou foi a cabrocha Musa do seu coração Com mais uma saideira Tantas lágrimas rolaram Mas não foi suficiente Pra repetir a enchente Que um dia parou a cidade Mas a vida continua E o gurufim também E o bar já está lotado Tem gente até na esquina Certamente estão chorando Até lá na leopoldina É barra de ouro, ioiô É barra de saia, iaiá Como é linda a imperatriz a desfilar Ali perto, em olaria Tem história do cacique Entre um gole e outro Todos ainda no pique Querendo cair na avenida Esquecer da vida Se perder no povo Quando a cerveja gelada Os amigos brindavam O chinelo novo! Outra lágrima rolou Do rosto de quem bebia Tal areia na farofa Ninguém mais sabia Quem puxaria outro sucesso Do irmão que já não vive Entre melodias, versos Uma voz quase falhou Ao cantar a liberdade que o título embalou Vamos reviver o samba Descendo a mena barreto A morte foi enganada E já comanda o cortejo Bebeu mais que os viventes Honrada pela missão De conduzir niltinho Para cantar no céu Ao longe deu pra ouvir Os tamborins, a emoção E a bateria que parou E a melodia só seguiu Por causa da batida Do nosso coração! Esse é o ano da virada A xuxu vem mais bonita Vem cantar em poesia A vida do compositor Que foi se embora Eternamente será em cada brinde Em cada mesa de bar