Eu não tenho senso nem mesmo penso a respeito Nunca parei pra refletir sobre o que eu quero ou quem eu sou Mas o que importa é que amanhã vai ter festa animada Vou trajar um tênis original e uma cara falsificada E pra impressionar as menininhas eu te faço até uma aposta De dançar todas aquelas baladinhas dos "Back Street Bosta" Sou da geração que não gera nada Que não tem outra intenção a não ser andar na moda Interpreto papel de modelo pra impressionar as metidas a "patricinha" A maioria não tem dinheiro nem pra comprar uma calcinha E outras trampam o mês inteiro pra comprar uma blusa cara E frequentar aquelas festinhas de uma tal classe imaginária - Papai me dê dinheiro, mamãe eu vou sair Pois estou tão deprimido e vou gastar pra me distrair - Vou comprar uma roupinha nova... afinal, eu não entendo Se você fosse dono de loja iria querer que eu fizesse o mesmo Eu não tenho cérebro, pois já foi consumido por alguma estação De um programa pop lixo de alguma rádio ou televisão Me acho tão esperto, tão feliz e atual Na verdade, um idiota, escravo do sistema comercial Me respeite meu senhor, pois eu sou consumidor