O tempo vai embalando O meu movimento de giro no ar Canto e o novo com mantos Com barcos que vibram na luz deste altar A cor da terra que pinta a minha pele E que me convida a dançar No tempo em que eu perdi E o peito inconstantes distorções do mundo Abro espaço Passo por passo Passo por mim Me atravesso do avesso do verbo que somos Água que bebe E o som do silêncio E em minha alma anseia A profecia que vinha cantando do tempo Em que eu me esquecia E quanta gente me abraça Nas sombras do vale que um dia me vê Espírito move montanhas Nos ventres regados De sonho e de Sol E do canto Faço o meu norte Aldeias antigas Sou tudo o que sou E ocupo O meu próprio espaço Que nesta dança Carrega o meu ser E o dia Amanhece algo Dentro da terra Negra que sou E brincando Vou refinando Meu caminhar Na pureza do amor E do canto Faço o meu norte Aldeias antigas Sou tudo o que sou E ocupo O meu próprio espaço Que nesta dança Carrega o meu ser E o dia Amanhece algo Dentro da terra Negra que sou E brincando Vou refinando Meu caminhar Na pureza do amor