Ponho nas pálpebras Pinturas passageiras de um passado cruel Caem as máscaras Descubro qual era o sabor do mel E propositalmente Um descanso no presente Uma ode à armadura de viver E um anjo penitente Com a faca entre os dentes Se engasga na virtude de seu ser Ponho nas pálpebras Arranjos construídos na canção popular Caem as máscaras No escuro a pureza de um olhar E meus olhos fechados Que enxergam os recados Até pensam no que não devem saber E um anjo admirado Indefeso, inacabado Se esparrama e nem pode perceber