Dizem que Yemanjá No sonho que mareia, fez cantar Toque de Lua cheia Areia, areia Dos saaras das sereias Quem vagueia pelo mar No canto da rainha do lugar Que muda a Lua cheia A maré, que muda areia O que vier E quem semeia colhe o fruto Da maré, o que vier E pra degustar Do manto impreciso Vento a soprar Quiçás a veia serpenteia o mapa Alheia de sentir raiz Na beira de qualquer lugar Na estrada de Parar Fazer a teia e trocar Plantar Serei o que eu cantar O que se deixa num lugar No próximo retiro do luar É nova beira do caminho que Se esgueira do seu ninho Até o fim Inundar, tempestade Pra encontrar o avesso do começo Rebuscar, enfeitar a aventura que não chega a lugar E dar o pranto como pluma, uma lágrima no espelho Do que foi, do que será Não vivem todas juntas as histórias? Eu sei lá Mas dizem que quem deu o peito para o amor Achou um jeito de levar