Ei, gado, oi Numa tarde bem tristonha Gado muge sem parar Lamentando seu vaqueiro que não vem mais a boiar Tão dolente a cantar Tempo de Sol, com barro no chão Vento na minha cara eu me sinto mais vivo Céu com a cor mais quente Sombra de árvore Comendo um fruto do pé de seu tio Na água de açude minha mãe lava roupa Quando criança, me senti num rio Capitão de areia, dentro desse sítio Interior sempre calmo e vazio Ia pra cidade, aproveitar a festa Final de maio sempre a mesma coisa Não ia pra missa, só ficava à toa Zuava com os primo, só pra irritar a coroa Minha vó dizia pra nunca ir tão longe Mas fazia de tudo pra pegar uma manga Matava e morria por um pé de laranja Vizinho nem via, quem sabe, quem manja Acende a fogueira, preparem suas bombas São João só comemora em família Escola pequena na cidadezinha Todos se conhecem, é a mesma família Represento nordeste ao som de gonzaga Fé, Alagoas